quarta-feira, 16 de junho de 2010

A festa

Hoje foi um dia diferente, o chefe quis comemorar o aniversário da empresa e alugou um espaço num restaurante muito bonito, saímos mais cedo , para nos pormos mais bonitos e de preferência a cheirar melhor. Passamos o dia a trabalhar muito bem, não se ouvia quase nada a não ser o barulho de algumas vuvuzelas que teimam em não nos largar. A festa começava mais ou menos ás 18h , para termos tempo de tomar uns copitos antes da jantareca, mas os copitos transformaram-se em cópões para alguns dos cridos. Já não se fazem festas como antigamente, os cridos agarraram-se aos copos para perder a vergonha e ganhar coragem para se meterem uns com os outros...
Uma crida que raramente me dirige a palavra, veio pedir-me opinião sobre como se havia de atirar a um crido que ainda lhe fala menos, a crida tava com uma móca daquelas... fiquei sem saber o que lhe aconselhar, mas também ela parecia já ter planos marcados.
Um crido que em vez de beber uns copitos mais chiques , andava a pedir ao empregado "girafas", depois como me viu ali sozinha fez questão de me mostrar as tatuagens xungas (tipo, amor de mãe, angola morria por ti), tinha realmente muitas e era capaz de meter o Raul  Meireles num bolso.
E outros cridos andavam a ver quem conseguiam engatar primeiro e depois faziam pouco delas, como se eles fossem assim uma grande coisa. Isto de festas regadas a álcool anda a perder a piada, será assim em todas? Acho que eu é que tenho pouca sorte... O jantar não demorou assim muito porque o pessoal começou todo ou quase todo a dispersar, já cheguei a casa e continuo com fome