terça-feira, 17 de agosto de 2010

Patrão fora, filho santo na loja

O filho do chefe, que neste momento é quem parece que está aqui a tomar conta do escritório, hoje não pôde sair depois do almoço, algum crido mais bufo não tinha que fazer e ligou ao chefe em plenas férias só para lhe fazer queixa do próprio filho. Deu resultado , ainda á pouco o chefe ligou para a recepção e perguntou á crida de serviço se estava lá o rebento dele, bem ele estar até está, mas trabalho que é bom nem vê-lo, confesso que até eu tava a precisar assim de uma sesta para relaxar... mas isto do bem bom não é pa todos

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dia de trabalho

E depois de ter passado um fim de semana cheio de amor , carinho e muita piroseira á mistura , hoje foi dia de trabalho.
 Assim que cheguei tentei passar por alguns gabinetes para contar a minha novidade e também fiz questão de mostrar o meu belo anel com pedritas verdes , confesso que nunca liguei muito a anéis e essas coisas mas este , sei lá, dá gosto andar com ele, claro que mal ponho o pé na rua toca a escondê-lo nas meias, ou seja, na mala.
 Para meu azar entrei num gabinete que tava a ser ocupado temporariamente por um crido cuja tromba está todos os dias com o aspecto de quem acabou de comer um prato de cáca , mas já que tinha entrado perguntei pela crida Lia, mas ele apenas com um gesto indicou-me o caminho para bazar dali pra fora.
Bem, na verdade marimbei-me pó trabalho hoje e nem sequer me importei com o mau humor que por lá andava. Assim que o trabalho acabou os papeis do meu gabinete até voaram, tou mesmo a precisar de um correctivo, a minha sorte é que tanto o chefe como a directora estão de férias e quem está a mandar aqui é o filho do patrão e o horário de saída dele é depois do almoço por isso...
Agora vou jantar fora com o meu crido e exibir o que puder o meu anel que acima de tudo simboliza muito amor, agora perdoem lá a parolice da coisa

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O pedido

O Carlos hoje não quis ir á praia, confesso que não tava assim com muita vontade e até fiquei contente por ele me convidar para almoçar fora hoje, e não era ao MacDonald , por isso também achei estranho mas.... Chegou a minha casa já passava do meio dia, não gosto de almoçar tarde e ainda por cima ele (que nunca faz isso), pediu-me se não tinha nada como aperitivo e algo pa beber, disse-me que era enquanto eu me acabava de arranjar (mas como só me faltava calçar os sapatos, achei estranho), entretanto dizia-me repetidamente que tinha uma coisa muito importante para me dizer e não podia passar de hoje... mau! Pensei logo:"escolheste um rico dia para acabares tudo", sexta-feira 13.
Em vez de me dizer logo o que queria metia batatas fritas á boca como um louco e bebia goles de cerveja como um tolinho, calmamente e com um ar doce perguntei-lhe o que era tão importante, mas ele só respondia com frases ucranianas (que é o efeito de se falar com a boca cheia, a dele pelo menos).  Não estava a reconhecer o meu crido, estava corado como se estivesse com vergonha de me dizer algo, saímos de casa em direcção ao restaurante mas acreditem que a vontade de comer não era muita. O restaurante até era simpático e não havia vestígios de pratos do dia, vá lá que ,pensava eu, ia ter um almoço romântico , embora me apetecesse um copo de coisa nenhuma acompanhei o Carlos numa bebida antes do almoço chegar, bem nunca tinha visto o meu crido a beber assim e ainda por cima ao almoço mas ....

Chegou o almoço uma meia hora depois e o crido ainda sem me dizer nada, o aspecto da comida era óptimo mesmo para quem não tivesse apetite, mas mal vou a tentar provar a primeira garfada eis que uma chapada de esparguete me cai em cima em cheio na cara.
Eu confesso que não vi que o crido não fez de propósito, por isso peguei na mala chique(da primark) e tentei furiosa achar rápido a casa de banho mais próxima sem ter que perguntar ao funcionário, mas parecia uma barata tonta, até que o Carlos me pegou no braço, levou-me para a casa de banho das senhoras e pediu-me desculpas porque tava muito nervoso e o garfo escorregou-lhe da mão tão rápido que ele nem viu, com aquelas bebidas todas nem eu via nada mas enfim....
Ele continuava sem me dizer nada nem porque reagia assim até que tirou uma caixa minúscula do bolso e eu fiquei sem forças nas pernas: "queres casar comigo?" e depois é que se ajoelhou... Em plena casa de banho e toda cheia de comida dei-lhe um beijo e disse SIM... desculpem mas ainda tou a tentar assimilar isto tudo, enquanto o meu crido está a ali no sofá da avó a ressonar ... é o que me espera... ESTOU NOIVA

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mais um dia de praia para recordar

Hoje de manhã cheguei á praia bem cedo, e embora o tempo não estar tão bom como a semana passada, com nevoeiro e tudo, aproveitei o facto de os meus avós não nos acompanharem e fui...
O meu crido Carlos comprou uma pranchazita do tamanho de umas costas para se entreter um pouco na água e eu deitei-me na toalha pensando por uns instantes que o Carlos só fosse para a água quando o sol aparecesse e fechei os olhos e por uns instantes , ao ver que não tava muita gente,  aquela praia nem parecia a habitual praia de Matosinhos(com pessoal em cima uns dos outros)... Tava mesmo bem naquela fresca brisa quando uma bola me atirou os óculos de sol ao chão, aquilo é que foi uma bolada, até fiquei vermelha.

Saí da toalha , peguei na bola e ia com intenção de procurar o terrorista, mas nem terrorista nem crido Carlos á vista, tive uns bons 5 minutos á procura dos dónos da bola, e nada.

Quando decidi procurar o Carlos já foi mais fácil, tava na água... a divertir-se com a pranchita de banheira, estes dias de praia... realmente tem sido inesquecíveis e quanto á bola... ficou na areia, não cabia no meu saco

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Férias a Valer

Olá cridos, bem sei que não tenho aqui vindo a algum tempo mas as razões são muito fortes. Desde ficar sem computador(avariou e já tá arranjado), mudar de gabinete, fazer mais apresentações e dar estágio a um grupo de chavalos, até finalmente tirar uns diazitos de férias... que até merecia. Ir para a praia com este calor , mesmo que seja a de Matosinhos, é um sonho para qualquer trabalhador, agora as aventuras têm sido mais que muitas.

Tenho ido com o Carlos todos os dias que posso e até tava a correr bem, nem vou falar (vou, vou) que encontrei um búzio giríssimo para pôr no meu quarto , quando o encontrei disse , feita burra, ao meu crido Carlos que ,segundo a minha avó, ouvia-se o Oceano Atlântico assim que o colocasse-mos no ouvido, tipo telemóvel, foi gargalhada total e ainda me veio com a história que isso se dizia nos anos 80 para enganar a canalhada... até fiquei ... sei lá...fula, mas o meu espanto foi ver o Carlos ,quando já nos íamos embora, muito entretido com o búzio... enfim.

Claro que as ideias do crido não ficaram por aqui, lembrou-se também de convidar os meus avós para irem connosco alguns dias, até fiquei contente, não fosse eles já desde o 25 de Abril não terem posto os pés na areia. Confesso que até julguei que iam dizer que não, mas não... disseram mesmo que sim. Logo no primeiro dia o avô apanhou um escaldão daqueles...
Teve que ficar sem ver o mar alguns dias. Quando já estava melhor lembrou-se de se entreter na areia á procura de cenas(lixo) que pudessem ser úteis, lembrei-lhe só que a praia de Matosinhos havia de ter muito entretenimento desse.
O Carlos que acha piada a tudo o que o avô e a avó fazem também teve a sua marca na numa dessas idas, estava a tentar brincar com uns miúdos que estavam ao pé de nós e acabou enterrado na areia. Se alguém tiver umas férias que possa ir sozinho, não hesite, a paz ás vezes faz falta