Estou em plena lua de mel, em parte incerta, no nosso crido Portugal Continental, agora já tudo se acalmou e o meu crido Carlos tem sido um verdadeiro marido, atencioso, carinhoso e também cheio de humor.... Mas o meu casamento não começou lá muito bem, para começar o Crido Carlos entrou pela casa da minha avó a dentro já vestido de Valete de copas, e deu de caras comigo vestidinha pra casar, fiquei fula, a maquilhagem já nem se segurou, e o meu penteado parecia o da nany mcphee. Conclusão expulsei-o, cheguei tarde e não conseguir impedir a avó de levar os malditos tuperwares para os restos de bolos e salgadinhos que ela teima em levar de todos os casamentos.
Claro que ele entrando assim na minha casa, com a desculpa de ainda ser cedo e que queria ter a certeza que eu não o deixaria plantado, só fez com que visse a cena dos tuperwares, o tio Quim que veio vestido como se fosse a um recado e o meu tio zé com um fato a ver-se as meias brancas nos pés. Só ceninhas.
E depois então fomos para o lugar onde o pessoal gosta mais nas casamentos, a comezaína, aí ouvia-se:" isto não é coca cola, os bolos são tão poucos, tava a pensar que ia haver vitela e afinal é só lombo".. os mortos de fome do costume, nos aperitivos, os poucos que traziam gravatas, já as tinham escachado todas no colarinho e quando fui mandar pelos ares o meu crido bouquet, tinha logo que calhar á desgraçada da tia Zeza, que tem quase 50 anos e ainda não se casou.
Bom, foi assim até no momento que partimos para a noite de núpcias, mas claro que nada sobre isso vou dizer, o mais difícil foi tirar as bezuntices que os azeiteirolas dos casamentos não perdem a oportunidade e foi um castigo para lavar o carro nesse dia, quase noite. A família do meu crido, acreditem , ainda não visitei, tou á espera que o mar se acalme, para não ser confundida com esta nódoa de coisas banais e comuns que devem acontecer em todos os casórios, pelo menos em Portugal.